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Criptomoedas e Remessas Internacionais: Mais Barato e Rápido?

Criptomoedas e Remessas Internacionais: Mais Barato e Rápido?

11/12/2025 - 04:45
Yago Dias
Criptomoedas e Remessas Internacionais: Mais Barato e Rápido?

Em um mundo cada vez mais conectado, o envio de dinheiro entre países se tornou rotina para famílias, empresas e freelancers. No entanto, o custo e a velocidade das remessas tradicionais ainda apresentam desafios significativos.

Neste artigo, analisamos como as criptomoedas estão transformando esse cenário, com dados de 2025/2026, exemplos práticos e uma visão aprofundada do contexto regulatório brasileiro.

O Desafio das Remessas Tradicionais

As transferências internacionais por canais bancários convencionais carregam taxas bancárias e de serviço elevadas, dificultando a vida de quem depende desse recurso.

A cobrança de IOF de 3,5% sobre operações para o exterior aumenta ainda mais o custo efetivo. Para enviar US$ 1.000, o usuário pode pagar cerca de R$ 175 em tarifas, além do câmbio.

Além disso, processos burocráticos e dificuldade de rastreamento tornam o procedimento pouco transparente. Os prazos variam de 1 a 5 dias úteis e, em muitos casos, valores menores sofrem com taxas mínimas fixas aplicadas por bancos ou fintechs.

Como Funcionam as Criptomoedas nas Remessas

As criptomoedas emergem como alternativa, eliminando intermediários bancários e possibilitando liquidação quase instantânea de transações. Em poucos minutos ou até segundos, fundos chegam ao destinatário em qualquer lugar do mundo.

Para evitar volatilidade, stablecoins como USDC, USDT e DAI são amplamente usadas. O processo básico envolve:

  • Conversão de moeda local para stablecoin em câmbio digital.
  • Envio eletrônico da stablecoin através da rede blockchain.
  • Troca da stablecoin pela moeda local no destino.

Comparativo de Custos e Velocidade

Uma análise comparativa revela diferenças expressivas entre as modalidades.

Por exemplo, uma transação via XRP pode custar menos de US$ 0,01 e ser concluída em apenas 3 a 5 segundos, independentemente do destino.

No caso real da Higlobe, uma freelancer brasileira recebe pagamentos em USDC, converte imediatamente em reais e paga redução drástica de custos operacionais, com liquidez quase imediata.

Panorama Regulatório no Brasil (2025-2026)

Em 2025, o Banco Central incluiu as stablecoins nas operações de câmbio, exigindo identificação de titulares e carteiras e relatórios mensais ao órgão regulador.

A norma entra em vigor em 2 de fevereiro de 2026, com dados reportados a partir de 4 de maio de 2026. A expectativa é que o IOF de 3,5% se aplique também a transações via stablecoin, igualando-as às operações tradicionais de câmbio.

Além disso, foi definido um limite de US$ 100 mil por operação para plataformas não autorizadas como instituições de câmbio, e o uso de dinheiro físico em transações com cripto ficará proibido.

Vantagens e Limitações

O uso de criptomoedas em remessas oferece diversos benefícios, mas também apresenta riscos.

  • Disponibilidade 24/7 sem restrições permite transferências a qualquer hora.
  • redução drástica de custos operacionais em comparação com bancos.
  • facilidade para microempreendedores e freelancers em mercados globais.
  • proteção contra inflação local em países com moedas instáveis.
  • riscos regulatórios e tributários crescentes com IOF e novas normas.
  • volatilidade das criptomoedas tradicionais exige uso de stablecoins.
  • necessidade de conhecimento técnico mínimo para evitar golpes.
  • possibilidade de rastreamento e bloqueio a partir de 2026.

Casos Reais e Estatísticas Recentes

Em 2025, as remessas em criptomoedas na América Latina cresceram 40%, chegando a representar 20% do PIB em países como El Salvador e Guatemala.

Empresas como Higlobe, Volet e Bitybank já oferecem soluções 100% digitais com stablecoins, prometendo plataformas 24/7 sem restrições e custos até 90% menores que bancos tradicionais.

Perguntas Frequentes

  • Como abrir conta para envio e recebimento em stablecoin?
  • Quais criptos oferecem melhor custo-benefício para remessas?
  • Há riscos de bloqueio ou sanções para brasileiros?
  • Como converter stablecoins em reais de forma regularizada?
  • Quais plataformas são autorizadas pelo Banco Central?
  • Como garantir segurança e prevenção contra fraudes?

Considerações Finais

As criptomoedas estão redesenhando o mercado de remessas internacionais, oferecendo redução drástica de custos operacionais e rapidez incomparável. Ainda que o cenário regulatório evolua, a flexibilidade e eficiência desse modelo representam uma verdadeira revolução para quem precisa enviar ou receber recursos globalmente.

Com os ajustes normativos previstos para 2026, é fundamental acompanhar as mudanças e escolher plataformas confiáveis. Assim, usuários, freelancers e empresas poderão aproveitar todo o potencial das criptomoedas, assegurando transferências mais baratas, rápidas e transparentes.

Referências

Yago Dias

Sobre o Autor: Yago Dias

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